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A Educação que queremos: O desafio da inclusão

 

                                        A Educação que queremos

                                    O desafio da inclusão*                                                  

                                                           Emília Teresinha Borges.

 À primeira vista, diante da proposta de discussão deste tema parece que a resposta está na ponta da língua, mas quando incluímos a idéia de discutir sobre a educação que queremos também para a pessoa com deficiência, as palavras fogem para os textos e discursos, ficam longe de nossas cabeças, distante de nossos gestos.

Para tratar deste tema, e trazê-lo para nosso fazer busco as palavras de Albert Einstein que ao se referir sobre o ato de ensinar, diz sabiamente algo que podemos relacionar diretamente com a inclusão escolar da pessoa com necessidades especiais:

Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável...

É necessário que adquira um sentimento. Um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto...

Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias, para determinar com exatidão seu lugar...

 

Sim, não queremos que nossos aprendizes com deficiência sejam treinados, sejam estimulados mecanicamente a dar respostas sem significados. Desejamos a eles uma Educação que possa determinar com exatidão o seu lugar como alguém que pode aprender.

Não queremos que a pessoa com Deficiência ocupe apenas o mesmo espaço geográfico de todos os alunos, ambiente onde, não são, necessariamente, rejeitados fisicamente. Porém, ali permanecem sem serem reconhecidos e valorizados. Neste terreno se insere a inclusão marginal. Terreno instável e precário, pouco visível, por isso uma Inclusão Perversa.

É possível perceber, em muitos casos, que os deficientes inclusos no ensino comum se deparam com ambientes excludentes, onde o conhecimento do aluno não é respeitado e suas experiências não são consideradas conhecimentos adequados para escola. Além disso, as dificuldades e ritmos de aprendizagem dos alunos não são levados em consideração, como se todos os alunos tivessem o mesmo ritmo e nível de aprendizagem.

A inclusão escolar tem sido um desafio para a educação, pois tem como proposta transformar uma escola preparada para lidar com a homogeneidade dos alunos. A transformação para a escola inclusiva propõe que o sistema escolar esteja preparado para lidar com as heterogeneidades, respeitando as diferenças individuais.

Para que isto aconteça é necessário por parte de educadores e Instituições que ensinam buscar esclarecer:

_ O que devemos aprender para ensinar melhor estas pessoas?

Precisamos nos informar sobre como desenvolve a Pessoa com Deficiência. Mas, antes de qualquer coisa vale ressaltar que só podemos ensinar aquele que pode aprender. Não posso me ver como ensinante daquele que não aprende.

As perspectivas de aprendizagem do Deficiente passa pela possibilidade do outro de vê-lo como alguém capaz.

É preciso desenvolver o sentimento de que a pessoa com deficiência pode aprender. Isto tem haver com concepções. Um visão otimista acerca da possibilidade de aprender interfere positivamente na relação de quem ensina e quem aprende, consequentemente exerce influência no desenvolvimento da pessoa.

 

_ Capaz de aprender o quê?

A ler? Escrever? Fazer cálculos?... Não sabemos, mas com certeza, capazes de aprender conforme suas possibilidades e necessidades individuais.

Nos ensina Vygotsky: Os conteúdos escolares devem ser  organizados de maneira a formar na criança aquilo que ainda não está  formado, elevando- a níveis   superiores de desenvolvimento'.

A perspectiva de sucesso na aprendizagem da Pessoa com Deficiência passa pela adequada escolha de estratégias e de programas que atendam as necessidades individuais do sujeito.

 

Por que é difícil organizar conteúdos, diferenciar a forma de ensinar?

O ser humano necessita do porto seguro das opiniões prontas e construídas como verdadeiras. As diferenças ameaçam a ordem interior, promove o caos. Acrescido a isto temos que a inteligência da Pessoa com Deficiência obedece a padrões cognitivos desconhecidos, isto gera desconforto para quem ensina, para quem deseja a uniformidade.

Por esta razão, principalmente, a inclusão escolar é um desafio.

Tem como proposta transformar uma escola preparada para lidar com alunos supostamente homogêneos, ou seja, que possuem a mesma faixa etária, o mesmo nível e ritmo de aprendizagem, onde o ensino é comum para todos.

A inclusão exige que o sistema escolar esteja preparado para lidar com as heterogeneidades dos alunos. Exige um planejamento pedagógico que supra a diversidade dos alunos no ambiente escolar.

 

Experiências de Sucesso de Inclusão

  

Propostas com ótica centrada na pessoa, na aprendizagem. Que visem o êxito do aluno.

Respeito ao rítmo de cada aluno.

Valorização das possibilidades da pessoa, vista como alguém que tem forma peculiar de se desenvolver.

 

 

Escola Inclusiva Significa:

 

Criar espaço de relações com características físicas, cognitivas e afetivas que possibilite:

·         Os alunos se sentirem reconhecidos,

·         Valorizados e respeitados em suas semelhanças e diferenças.

O que importa não é apenas o acesso aos serviços por estas pessoas, mas a eficácia e a qualidade com que estes serviços lhes permitem desfrutar das oportunidades do ambiente.

O novo paradigma para construção de uma Escola Inclusiva dá ênfase aos apoios, aos ambientes naturais e considera o nível de funcionamento da pessoa em seu ambiente.

Para isto é importante:

·         O enfoque Funcional do Ambiente Escolar Inclusivo

·         Identificar e Planejar de forma ajustada os apoios que permitam o aprendiz ter êxito na escola e na vida.

 

No âmbito da sala de aula.

·         O professor deve planejar com precisão o ensino levando em conta a diversidade de alunos que atende,

·         Utilizar uma variedade de metodologias que favoreça o acesso à atividade.

·         Modificar a complexidade dos conteúdos curriculares.

·         Adaptar as exigências e o tipo de respostas.

Neste sentido estamos falando de Adaptações Curriculares, garantidas pela Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional - n. 9.394/96.

O artigo 59 desta Lei orienta:

Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades.
 

 

Em documento elaborado pelo MEC/SEF/SEESP, 1998. Parâmetros curriculares nacionais: Adaptações Curriculares/ Secretaria de Educação Fundamental, temos:

 

Pressupõem que se realize a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não um novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos.

 

A lei prevê adaptações:

 

·           ADAPTAÇÕES CURRICULARES

Adaptações não significativas: Modificações menores no currículo regular, facilmente realizada pelo professor.  Pequenos ajustes no contexto de sala.

Adaptações significativas: Quando as necessidades do aluno forem mais acentuadas.

·           ADAPTAÇÕES INSTRUCIONAIS

Modificar como se ensina e como se demonstra o objeto do conhecimento. Utilizar estratégias específicas. Mudar o tipo de resposta e demonstrações que se exige do aluno.

 

·           ADAPTAÇÕES ALTERNATIVAS

 Modificar substancialmente os objetivos e atividades. Introduzir objetivos e atividades que são paralelas ao que se realizam na aula.

Diante do que aqui foi colocado, pergunto: o que estamos conseguindo executar efetivamente para ter uma escola inclusiva? O que estamos fazendo para ter uma escola que de forma ética e respeitosa eleve a Pessoa com Deficiência a níveis superiores de desenvolvimento? Temos uma escola para todos?

Para todos desejamos uma educação moralmente correta, que realmente promova qualidade de vida, e contribua para a transformação de pessoas autônomas e felizes.

 

Emília Teresinha Borges.

Psicóloga/ Psicopedagoga.

Presidente da APAE Goiânia

* Artigo publicado no Jornal Psicopedagogia – n.57 – junho/2011- ABPp-GO

 

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